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  • Tiago Moreira

Os Quatro Caminhos

Este artigo faz parte do Compêndio da Terra dos Cornos.

 
Os Quatro Caminhos

Informalmente chamada de "Os Quatro Caminhos", a região entre os rios Chico Propício e Catengão é, depois do Vale Verde, a mais próspera da Cornália.


Devido aos dois grandes rios e às ocasionais chuvas vindas do mar, a área não é tão árida quanto o resto da Terra dos Cornos. Há porções de mata fechada, relativa abundância de água subterrânea e até mesmo presença de riachos e córregos.


Por isso, a região atraiu muitos colonos. Fazendas, vilarejos e sítios se estabeleceram nas proximidades dos bolsões verdes em meio à caatinga. A presença humana deu origem às quatro rotas que cruzam a área, ligando os assentamentos maiores do Vale Verde à Vila Maria, ao leste, e possibilitando o comércio com o distante reino de Dragona.


Mesmo que a região dos Quatro Caminhos não seja tão hostil quanto o resto da Cornália, contudo, ela tem seus perigos. A raridade das chuvas por vezes leva ao secamento de poços e cursos d'água, levando vilas e fazendas à ruína. Cangaceiros e outros salteadores frequentemente atacam as caravanas e assentamentos esparsos. E, por vezes, aparecem monstros vindos da Catinga Danada, como boitatás e tremenduás.


Fatos recentes demonstram a fragilidade da região. Há pouco mais de uma década, dragões volkoritas arrasaram as até então prósperas vilas de Itapopó da Mata e Vatapá do Sul. Nos anos seguintes, os perigosos cangaceiros do bando do Barriga D'Água assolaram as rotas, arruinando fazendas, matando coronéis e impondo sérias dificuldades às caravanas.


Apesar das dificuldades, os cornos são um povo resiliente. Sempre há homens teimosos tentando ganhar a vida na região. A vida dura nos Quatro Caminhos segue em frente.

 

Este artigo faz parte do Compêndio da Terra dos Cornos.

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