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  • Tiago Moreira

Introdução: A Terra dos Cornos

 

Uma região de sol e secura, entre o sertão e o mar. Uma terra de cabras-machos.

"Há muito, muito tempo, existiu um reino, Que se estendeu por todo o mundo conhecido..."

Naquele tempo, para fugir da loucura do rei-destino, um soldado lendário chamado Vatapá liderou uma legião de refugiados para uma faixa de terra erma no norte do continente, delimitada por duas penínsulas montanhosas. Espremida entre o litoral e o sertão agreste, aquela região era tão hostil, que mesmo o grande reino não ousara se expandir para lá.

Em represália aos fugitivos, o rei-destino conjurou uma vasta tempestade sobre o golfo entre as duas penínsulas, impedindo a navegação e isolando a região quase completamente, exceto por uma pequena passagem junto à costa, nas montanhas a leste, por onde ainda mais refugiados viriam adentrar.


Enfrentando feras terríveis, a secura hostil e o isolamento, o povo daquela terra se tornou forte e valente, e os maiores entre eles, para mostrar seu domínio, passaram a adornar seus chapéus com chifres, de forma que, vistas suas silhuetas, parecessem demônios.


Eras se passaram, o grande reino dos tempos antigos ruiu, mas o mundo continuou a girar. O povo daquela região prosperou, e os forasteiros que ali visitavam retornavam dizendo: "Aquela é a terra dos cornos".


O próprio povo adotou o nome com orgulho, e a pequena nação passou a ser conhecida como Cornália.

 

Cornália, a Terra dos Cornos

 

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